Veículos elétricos estão destinados a crescer. E muito!

veículos elétricosA participação dos veículos elétricos no mercado está crescendo exponencialmente, embora eles ainda componham apenas uma pequena fração da frota global de veículos. Uma linha de novos modelos das maiores montadoras aponta que o futuro dos carros é elétrico

 

Em 2010, havia apenas alguns milhares de veículos elétricos nas ruas do mundo. Em 2016, já eram 2 milhões. O crescimento que superou as projeções nos últimos anos foi impulsionado por incentivos governamentais e pela queda de seus preços.  Apesar disso, os veículos elétricos ainda têm um longo caminho pela frente. O número global total de veículos deve crescer até os 56 milhões em 2030, de acordo com o Cenário 2°C da IEA. Os veículos elétricos atualmente compõem apenas 0,2% dos veículos leves do mundo.

 

Em 2016, 95% das vendas de carros elétricos concentraram-se em 10 países, sendo a China (40%) e os EUA (20%) os dois maiores mercados. A Noruega possui a maior participação de elétricos no mercado de carros – 29% dos novos registros de veículos de passeio em 2016 foram elétricos -, seguida pela Holanda, com 6,4%, Suécia, com 3,4%, e China, França e Reino Unido com 1,5% cada.

 

Um crescimento mais rápido está projetado para 2020, impulsionado por novos modelos como os Model 3 da Tesla e o Chevy Bolt da GM. Ambos foram lançados em 2017 e são os primeiros veículos elétricos de série com autonomia de quase 500 quilômetros.  Ambos serão vendidos  entre US$ 30 mil e US$ 35 mil antes de impostos e incentivos (o custo médio de um carro desta categoria, equivalente ao Mercedes Classe C, nos EUA é de US$ 32 mil).

 

Empresas automotivas, incluindo BMW, Porsche, Renault e VW, planejam produzir linhas de novos veículos incluindo SUVs e pequenas vans elétricas. Em julho de 2017, a Volvo se comprometeu a descontinuar carros puramente a gasolina após 2019 e produzir apenas carros elétricos ou híbridos. A Daimler e sua parceira chinesa, a BAIC Motor Corporation, recentemente anunciaram investimentos de US$ 735 milhões na produção de baterias elétricas para veículos na China. A Toyota revelou planos de venda de carros elétricos em 2022, movidos a um novo tipo de bateria que aumentará a quilometragem rodada e diminuirá o tempo de carregamento.

 

A BNEF projeta que, até 2020, haverá mais de 120 modelos de carros puramente elétricos com até 560 quilômetros de autonomia, e que, até 2040, os veículos elétricos representarão até 54% das vendas de novos veículos.

 

Fonte: IEA Global EV Outlook, 2017, p.5.

 

Em setembro de 2017, uma coalizão de corporações que inclui a Unilever, a Ikea e a DHL lançou uma campanha para acelerar a transição para veículos elétricos. Hoje, mais da metade dos carros que circulam no mundo pertencem a empresas e, assim, elas têm um papel fundamental na mudança da infraestrutura elétrica para recarregar as baterias. A coalizão, liderada pelo Climate Group quer eletrificar o transporte mais comum o mais rapidamente possível. E as empresas estão prometendo um cronograma de substituição de suas frotas que dão um sinal claro para governos, para fabricantes e para o mercado sobre a velocidade dessa transformação. Uma das empresas da Coalizão é a PG&E, a gigante elétrica da Califórnia, que tem planos para trocar parte da sua frota e instalar inúmeros pontos de recarga.  Eles só mantêm um pé atrás quanto aos caminhões de manutenção da rede, dizendo que, afinal, eles precisam continuar funcionando quando a luz cair.