As ameaças à Amazônia vão muito além das queimadas

ameaças à Amazônia

O Valor diz em editorial que as ameaças à Amazônia vão muito além das queimadas e da cana, e têm a ver com o plantio de soja. A isto vem se somar o governo brasileiro, que passou a trabalhar ativamente para que a livre exploração de Terras Amazônicas possa ocorrer sem entraves legais ou barreiras de nenhuma espécie. O editorial diz que “a posição oficial é deplorável do ponto de vista ambiental e visa continuar com o desmonte legal e institucional dos meios de proteção da Amazônia, em nome da liberdade de produção sem freios. É obscurantista e retrógrada, porque há uma grande quantidade de terras disponíveis para isso fora dos biomas protegidos.”

A ameaça da soja é real. Agricultores, sindicatos rurais e a Associação dos Produtores de Soja do Pará (Aprosoja-PA) tiveram um encontro neste domingo (10), para debater a Moratória da Aoja. De um lado, produtores rurais alegam dificuldade em comercializar a soja cultivada no bioma amazônico. De outro, tradings afirmam que a negativa em adquirir o grão se trata de uma política (a Moratória da Soja) que diz que a oleaginosa produzida no bioma não pode vir de áreas desmatadas depois de 2008. O presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, afirma que a entidade entrará com uma reclamação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra as empresas. Eles afirmam que a compra da soja não está sendo realizada mesmo apresentando a documentação exigida pelo Código Florestal.

 

ClimaInfo, 11 de novembro de 2019.

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