A Costa Rica planeja liderar a transição para a mobilidade elétrica na América Latina. O país se comprometeu a reduzir as emissões de GEE para 25% até 2030. Veículos elétricos são parte chave desse plano, e uma Emenda de Mobilidade Elétrica proposta pretende acelerar a transição para os Veículos elétricos nos próximos cinco anos.
Há mais de dois milhões de veículos na Costa Rica, que tem uma população de cinco milhões de habitantes. Eles são responsáveis por dois terços do consumo de petróleo da Costa Rica e 34% do total de emissões de dióxido de carbono do país. 99% da geração de eletricidade da Costa Rica veio de fontes renováveis em 2015, portanto a eletrificação da frota de veículos oferece um caminho claro para a redução das emissões. Atualmente, por volta de 90% dos veículos são movidos a gasolina e diesel, com apenas 1% todos os eles híbridos ou elétricos, e 5,5% funcionando com combustíveis alternativos como hidrogênio e biocombustível. 80% destes veículos têm mais de 10 anos e a gasolina usada no país tem um alto teor de enxofre (UNEP), gerando problemas de poluição do ar nas áreas urbanas maiores. Um estudo de 2016 do Banco Mundial concluiu que o custo da poluição do ar no sistema de saúde da Costa Rica foi por volta de US$ 748 milhões em 2013.
Em 2006, o governo aprovou uma lei estabelecendo concessões de taxas substanciais para carros elétricos e híbridos. Porém, a substituição tem sido lenta, com menos de mil veículos elétricos e híbridos registrados. Outra lei de 2014 garantiu 100% de financiamento do Banco da Costa Rica para proprietários de carro que substituíssem seus carros a gasolina. Em 2016, o governo introduziu a Emenda para Promover o Uso de Veículos Elétricos na Costa Rica que inclui mais isenções de taxas e exigências públicas e privadas para o provimento de espaços preferenciais para híbridos e Veículos elétricos.
A Emenda de Mobilidade Elétrica proposta é inspirada na política de veículos elétricos “sem exceção” da Noruega e busca colocar 100.000 veículos elétricos nas ruas nos próximos cinco anos. Para ter sucesso, a infrastrutura de carga elétrica do país, que contava com apenas 8 estações de carga até o final de 2016, vai requerer mais investimentos. Mas, com 93% dos costa-riquenhos morando em lares afastados com estacionamentos privados, a carga noturna em casa pode ser possível.