Para não deixar dúvidas de que se trata de um crime, o relator especial da ONU, Baskut Tuncak, declarou que o desastre de Brumadinho poderia ter sido evitado. O governo brasileiro recusou vários pedidos de Tuncak para visitar e avaliar os impactos de substâncias perigosas liberadas pelo desastre da Samarco. O relator disse que “o Brasil deveria ter implantado medidas para evitar o colapso dessas represas mortais e catastróficas após o ocorrido com a Samarco. Deveria haver um monitoramento da represa, incluindo a toxicidade do material de rejeitos e a instalação de sistemas de alarme prévio para prevenir a perda de vidas e a contaminação de rios.”
“Não existe mais vida aquática no rio Paraopeba”, afirmou o secretário de governo da prefeitura de Brumadinho, Ricardo Parreiras, neste final de semana. O monitoramento da qualidade da água do rio em Brumadinho e em municípios vizinhos mostra que o nível de oxigênio caiu a zero e, junto, a vida aquática. Estão sendo colocadas barreiras em pontos chave do rio para evitar que a contaminação chegue a pontos de captação de água para abastecimento dos municípios rio abaixo.
Em Brumadinho, a contagem de mortos chegou a 134.