Mais de quatro anos depois da assinatura do Acordo de Paris, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou ontem em evento da Folha de S. Paulo, a criação de um grupo de trabalho dedicado à montagem de um plano de ação climática para a cidade que deve ser publicado em 2020. Agora vai? A pergunta se justifica pelo histórico da questão na cidade. A primeira política municipal para as mudanças climáticas foi sancionada em lei de 2009 e previa, entre outras, zerar as emissões da frota de ônibus da cidade até 2018. Esta meta não foi cumprida, e mais, seu cumprimento foi postergado para daqui a vinte anos pela lei 16.802/18.
Covas não disse se o plano seguirá a tendência de outras cidades globais, que têm inibido o uso do carro particular, alterado seus planos urbanísticos para reduzir a demanda por transporte, promovido a mobilidade ativa e o transporte público, além de buscar incorporar medidas de adaptação contra enchentes, deslizamentos de encostas e períodos de escassez de água.
ClimaInfo, 17 de abril de 2019.