Nas manifestações londrinas da Extinction Rebellion, o prédio da Shell foi pichado e apedrejado. Uma outra manifestação, em Paris, bloqueou a entrada da Total. Cecile Marchand, da Amigos da Terra francesa, disse que estas empresas “são mastodontes, cujo modelo de negócio é baseado em combustíveis fósseis e que não querem mover um milímetro porque esse é o modo de ganharem dinheiro. As atividades destas multinacionais não são nem um pouco reguladas hoje em dia e deveriam ser se pretendemos ser sérios quanto à intenção de limitar o aquecimento global em 1,5oC.”
Uma matéria da France 24 mostra que a pressão não vem só dos ambientalistas. David Elmes, da Warwick Business School, diz que “os fundos de investimento estão exigindo que as empresas de petróleo e gás expliquem como a mudança climática pode afetar o valor das companhias. Isso as está levando a ser bem mais transparentes sobre as emissões que causam e seus planos para reduzi-las.” Mas Elmes diz que “enquanto algumas empresas estão se comprometendo a fazê-lo (deixar de investir bilhões em fósseis) (…) a fração sendo investida em negócios não-fósseis ainda é pequena.”
ClimaInfo, 30 de abril de 2019.
