Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron recebeu o líder indígena Raoni. Ele disse que Raoni sabia melhor que ninguém que “nosso planeta sofre como decorrência das atividades humanas” e anunciou a vontade de promover uma cúpula internacional de Povos Indígenas do mundo inteiro no próximo ano.
Raoni viaja pela Europa com outros líderes indígenas – Kailu, Tapy Yawalapiti e Bemoro Metuktire – para alertar a opinião pública e os líderes políticos internacionais dos riscos enfrentados pela reserva do Xingu, de cerca de 180 mil km2, e para levantar “1 milhão de euros para financiar muros verdes feitos de bambu, para delinear a grande reserva do Xingu”. Os líderes têm relatado a constante invasão de madeireiros, garimpeiros e grileiros de terras.
A Folha e o site Terra publicaram matérias sobre a reunião com Macron.
Em tempo: por aqui, outro líder indígena, Davi Kopenawa, denunciou a invasão das terras Yanomami, em Roraima, por 20 mil garimpeiros: “eu calculo que quatro rios – Uraricoera, Mucajaí, Apiaú e Alto Catrimani – estão poluídos. Eu calculo o número de garimpeiros em 20 mil. Está piorando, está chegando (mais gente). Eles não estão trazendo nada [de bom]. Só estão trazendo problema. A doença que cria é a malária, já aumentou nesse lugar. Lá no Amazonas, na região Marari, a malária aumentou. Já matou quatro crianças,” disse Kopenawa.
ClimaInfo, 20 de maio de 2019.
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