O Brasil se qualifica para ser um dos lixões do mundo

lixo plástico

Natalie Unterstelle, do Movimento Agora!, lembra que, no começo do mês, 187 países discutiram o problema do lixo plástico e chegaram a um acordo dizendo que “nenhuma sucata plástica poderá mais ser exportada sem consentimento prévio do país recebedor.”

Do grupo de 189 países signatários da Convenção da Basileia, só o Brasil e a Argentina não aderiram ao novo acordo. Os dois países anunciaram em alto e bom som que estão à disposição do resto do mundo para servir de lixão para seus plásticos descartados.

Unterstell aponta mais uma incoerência do ministério que deveria proteger o país do lixo dos outros: “o combate ao lixo no mar foi adotado como prioridade – ao menos no discurso – do atual governo. Tem sido a única agenda positiva do Ministério do Meio Ambiente (…) Até o presidente Jair Bolsonaro tuitou sobre o assunto.”

Está se tornando rotina o governo proferir discursos totalmente vazios no momento de sua conversão em realidade.

Em tempo: países da África – como a Tanzânia, o Quênia e Ruanda – estão liderando o mundo na proibição da comercialização e do uso de sacolas plásticas. Um estudo da ONU concluiu que tais proibições são eficazes: elas ajudam a vida selvagem a viver em ambientes mais limpos, reduzem a poluição do ar (quando os resíduos são queimados) e reduzem as emissões de gases de efeito estufa (resultantes da conversão do petróleo em plástico).

 

ClimaInfo, 28 de maio de 2019.

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