Trump volta a atacar a ciência do clima

Trump ciência climática

Trump voltou a atacar a ciência do clima. Ao invés de proclamações e discursos, os ataques dessa vez foram mais insidiosos.
Segundo o New York Times e o UOL, o diretor do Serviço Geológico do EUA, James Reilly, por exemplo, baixou uma ordem proibindo rodar modelos de projeções climáticas para além de 2040, mesmo sabendo que os maiores impactos e, portanto, os maiores custos são previstos para a segunda metade do século. A limitação reduz os custos previstos e torna as fontes fósseis menos caras. Além disso, os resultados assim distorcidos terão que passar pelo crivo de um conhecido negacionista antes de ir a público.

Trump já havia reduzido ao máximo o orçamento do programa da NASA que mede as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

O Departamento de Energia rebatizou o gás natural como ‘moléculas americanas de liberdade’, segundo relata a BBC. O subsecretário de energia, Mark Menezes, disse que “aumentar a capacidade de exportação (…) é crítico para espalhar o gás da liberdade por todo o mundo, fornecendo aos aliados da América uma fonte diversa e acessível de energia limpa”.

O epíteto ‘liberdade’ já havia sido usado pelos norte-americanos em 2003. Quando o governo francês não apoiou a invasão do Iraque, um deputado, em retaliação, rebatizou as batatas fritas. De ‘french fries’, estas passariam a se chamar ‘liberty fries’. O rebatismo não pegou.

 

ClimaInfo, 31 de maio de 2019.

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