As promessas e riscos do Acordo de Paris

7 de junho de 2019

“É o caráter democrático do Acordo de Paris, com seu reconhecimento da multiplicidade e dos contextos locais, que pode reanimar a política climática global”. Mark Lawrence e Stefan Schäfer escreveram um artigo bem interessante na Science sobre o que está e não está dando certo no enfrentamento da crise climática.

Os autores gostariam que conceitos como temperatura média global e os orçamentos de carbono tivessem um papel meramente orientador e não serem valores absolutos nos compromissos políticos.

A temperatura média global é usada em modelos e na elaboração de cenários da transformação necessária. “Mas o mundo real não conhece um planejador global único que conduza tal processo e uma justiça média global sobre a qual basear tal mudança transformativa. Portanto, à meta da temperatura média global falta o chão da política democrática.”

Os autores avisam que esses conceitos abstratos e as negociações de metas de redução de emissão falharam ao não produzir avanços significativos para a limitação do aquecimento global.

O remédio, dizem, seria um conjunto de instituições democráticas globais que pudesse conduzir as transformações necessárias. “No final das contas, fomentar as virtudes de uma governança democrática também melhora a capacidade das sociedades para lidar com um mundo que enfrenta os crescentes desafios dos impactos das mudanças climáticas.”

 

ClimaInfo, 7 de junho de 2019.

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