O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, deu uma longa entrevista para Diogo Schelp, do UOL. Na entrevista ele repete todos os discursos desde a posse. Mas, desta vez, colocou ênfase no pagamento dos proprietários que preservem mais vegetação nativa do que manda o Código Florestal. O dinheiro viria dos países ricos. “Esse é o modelo que eu vou apresentar na reunião entre ministros do Meio Ambiente do G20 este mês, no Japão. Nós vamos dizer ‘olha, vocês não querem que a gente faça a preservação de praticamente toda a nossa área? Então vocês têm que nos ajudar a pagar por isso’”.
Salles não explicou como funcionaria um tal mecanismo e, baseado nas declarações que deu sobre o Fundo Amazônia, parece não entender a complexidade deste tipo de operação.
Enquanto isso, a Folha noticiou que Salles gastou quase R$ 80 mil na montagem de dois gabinetes em São Paulo, um para ele e outro para o presidente do Ibama, Eduardo Bim. Segundo a matéria, “a criação de gabinetes desse gênero é inédita na história da pasta do Meio Ambiente, criada há 34 anos.”
Pois é, com toda a verba contingenciada nos Ibama, ICMBio, CNPq e Capes, nas universidades, na saúde…
ClimaInfo, 10 de junho de 2019.
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