Uma plataforma da Water Peace and Security Partnership (WPS) está desenvolvendo algoritmos de inteligência artificial para apontar o risco de conflitos em áreas de crises hídricas. A plataforma usa dados de aumento da população, urbanização rápida e descontrolada e demanda crescente por água, cruzando-os com resultados de modelos que estimam o impacto da crise climática sobre a quantidade de água e chuva. O sistema, então, emite alertas para os locais onde encontra probabilidade de novos conflitos ou agravamento dos existentes. Susanne Schmeier, do WPS, disse: “Queremos detectar conflitos com antecedência suficiente para então nos engajar num processo que ajude a resolvê-los – idealmente mitigá-los ou resolvê-los no início.” A plataforma deve ser lançada ainda neste ano. A notícia saiu na Reuters e foi traduzida pelo UOL.
Falando em falta d’água, o Hadley Center do Met Office, o serviço meteorológico britânico, publicou uma pesquisa sobre a água na África. “Essencialmente encontramos que o clima nos dois extremos da África ficará mais severo. O extremo úmido ficará pior, mas o aparecimento de períodos de seca durante a estação de crescimento (das plantas) também ficará mais severo”, disse Elizabeth Kendon do Met Office. Sobre a parte úmida, o centro prevê um aumento de episódios de chuva muito intensa nas próximas décadas. E não deixa dúvidas de que a causa é o aquecimento global. A pesquisa foi publicada na Nature em abril, e o The Guardian a noticiou neste final de semana.
ClimaInfo, 18 de junho de 2019.
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