Extinção do Fundo Amazônia põe em risco acordo Mercosul-União Europeia

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O fim do Fundo Amazônia ameaça a decolagem do acordo Mercosul-União Europeia, escreve Daniela Chiaretti para o Valor. A possibilidade das negociações em torno do Fundo desandarem é péssima para a floresta e sua biodiversidade, para agricultores familiares, ribeirinhos e indígenas, estados e municípios. Com o acordo comercial, o fim do Fundo trará riscos também para a agricultura e a indústria.

Daniela diz que “a extinção do Fundo é o sinal que falta para que o acordo de livre-comércio não seja ratificado em parlamentos europeus”, e que “o governo Bolsonaro fornece argumentos diversos para que deputados franceses e alemães possam dizer que seus países compram desmatamento embutido em produtos brasileiros e boicotem o acordo.”

Em tempo 1: Eduardo Bolsonaro disse no Twitter que o Fundo Amazônia “nada mais é que um truque” que permite à Noruega passar recursos para ONGs e “ficar bem na foto”.

Em tempo: Miriam Leitão desconstruiu em seu blog as mentiras mais infames de Ricardo Salles; aliás, a atuação e as declarações do ministro do meio ambiente também não ajudam. Nem as de Bolsonaro.

Em tempo 2: com o título “Tereza Cristina quer a cabeça de Ricardo Salles no Meio Ambiente”, a revista Veja publicou uma nota pela qual informa que a ministra da agricultura, Tereza Cristina, “disse recentemente a deputados da Comissão de Meio Ambiente que tem um nome melhor para o lugar de Ricardo Salles, se Bolsonaro precisar”. A revista diz que o técnico é “ligado ao setor do chamado agronegócio verde, que produz sem desrespeitar as regras de preservação”.

 

ClimaInfo, 8 de julho de 2019.

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