Rússia ratificará o Acordo de Paris

Rússia

O primeiro ministro da Rússia em exercício, Alexei Gordee, anunciou que submeterá o Acordo de Paris à Duma para ratificação até 1º de setembro. O país é um dos 12 que assinaram Paris, mas ainda não o ratificaram. A Rússia é o 4º país de maiores emissões (atrás de China, EUA e Índia), quando não se contam as emissões do desmatamento. Quase 90% das emissões russas vêm da queima de combustíveis fósseis.

O presidente Vladimir Putin disse que as renováveis não deviam levar ao “completo abandono da energia nuclear ou da dos fósseis.” E acrescentou: “Será que as pessoas ficarão confortáveis em viver em um planeta com uma paliçada de turbinas eólicas ou debaixo de várias camadas de painéis solares? Todos sabem que a eólica é boa, mas será que se lembram dos pássaros nesse caso? Quantos pássaros estão morrendo? Elas (as turbinas) chacoalham tanto que as minhocas saem do chão. De verdade, não é brincadeira, é uma consequência séria do modo moderno de gerar energia.” Vale lembrar que o setor fóssil responde por 60% do PIB russo, e que o gás natural é o principal produto de exportação do país.

A notícia foi publicada no Climate Change News. O site avisa da não existência de referências científicas sobre minhocas saindo do chão por conta de turbinas eólicas.

Por falar em Rússia, na região de Irkutsk, Sibéria, 20 pessoas morreram e mais de 30 mil foram impactadas pela pior enchente dos últimos 100 anos. A Deutsche Welle noticiou a enchente, falou da ida de Putin à região e publicou o comentário de Andrey Gurkov.

 

ClimaInfo, 10 de julho de 2019.

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