Quem também mudou de tom foi o bloco dos governadores amazônicos. Embora lamentem o cancelamento das doações ao Fundo Amazônia e digam que querem tratar diretamente com os governos da Noruega e Alemanha, eles agora se mostram alinhados com o governo federal. Tanto que, em nota, disseram que “desejam participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, que estão sendo feitas pelo BNDES. Queremos, ainda, que o Banco da Amazônia passe a ser o gestor financeiro do Fundo, em razão da proximidade da instituição financeira com os estados, já que o Banco da Amazônia possui sede em todas as unidades do bloco”. Os moços parecem não ter se dado conta de que a crise começou exatamente quando o ministro Salles questionou o papel do BNDES e avisou que iria propor mudanças na governança do Fundo. Desde o começo, as embaixadas da Alemanha e da Noruega declararam seu apoio e sua confiança na governança do Fundo administrado pelo BNDES. Os governadores pedirem para mudar chega a ser uma ingenuidade. O grupo é formado pelos governadores dos Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A notícia é d’O Globo.
Para provar que a falta de tato corre solta, na semana passada, a assembleia legislativa do Amazonas cortou R$ 65 milhões do orçamento destinado às populações indígenas. Este valor estava assegurado na Constituição Estadual. A notícia é do Amazônia Real. Com tanta sensibilidade, convencer a Noruega e a Alemanha a voltar a doar recursos será uma batalha morro acima.
ClimaInfo, 20 de agosto de 2019.
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