Derrubada da floresta e incêndio posterior aumentam o valor da terra

4 de setembro de 2019

Por trás das queimadas que ocorrem na Amazônia há um vigoroso negócio de compra e venda de terras para o avanço da pecuária em áreas de floresta devastada, reporta o BuzzFeed.

Em Apuí (AM), município que está entre os campeões nacionais de queimadas, um hectare de terra com pastagem chega a valer 20 vezes mais do que a mesma área com a floresta em pé. Ali, um alqueire de pastagem pode valer até R$ 10.000 se estiver perto da rodovia, com acesso a água e luz. Esta mesma área, se coberta pela floresta, é negociada por R$ 500.

E muitos desses negócios correm à margem da lei. A região é chamada de “vermelha”, dada à relevância do desmatamento. A dinâmica do processo é simples: os grileiros invadem terras da União, “apropriação indébita, mesmo”, retiram a madeira valiosa e derrubam o resto da floresta. O fogo vem depois e se mistura com os incêndios provocados para “limpar” os pastos já existentes.

“O alqueire de floresta é barato, o pasto não. E agora o desmatamento aumentou, a queimada aumentou, porque vem muita gente de fora, que está vendendo sua chácara em Rondônia e vindo para cá”, afirmou o pecuarista Demésio Souza da Luz.

 

ClimaInfo, 4 de setembro de 2019.

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