Um terço dos incêndios florestais deste ano aconteceu em áreas que eram florestadas no ano passado. O levantamento feito pelo WWF concluiu que “um em cada três focos de queimadas registrados em 2019 não teve relação com a limpeza de pastagens, mas sim com queimadas que sucederam o corte de áreas de floresta, no ciclo tradicional de corte e queima. Historicamente, na Amazônia, o uso do fogo é um dos estágios finais do desmatamento após o corte raso da floresta.”
Para ver de perto este caos, Tom Phillips e Avener Prado, do The Guardian, foram a Rondônia. Assim o descrevem: “De longe, assemelha-se a um tornado: uma imensa coluna cinzenta que dispara milhares de pés para cima, do dossel da floresta para os céus da Amazônia. De perto, é um inferno: uma conflagração furiosa que destrói mais uma parte da maior floresta tropical do mundo (…) Dois barris de gasolina vazios e um conjunto de bombonas de plástico despejados [na entrada de uma fazenda] sugeriam um possível culpado – um pecuarista incendiando mais uma faixa da selva brasileira para expandir seu domínio amazônico.”
ClimaInfo, 10 de setembro de 2019.
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