A expansão do gás natural que não é de ‘baixo carbono’

17 de setembro de 2019

O governo lançou em junho o Novo Mercado de Gás, com o objetivo de atrair investidores para construir um conjunto grande de gasodutos e aproveitar as reservas de gás natural do pré-sal e de campos terrestres. O objetivo é dobrar a oferta de gás no país.

Para garantir que a demanda também dobre, o governo quer atrair investimentos em térmicas a gás, já que o consumo residencial é muito menor do que o previsto pelo tal Novo Mercado.

Muitos tratam o gás natural como o ‘combustível da transição’, imaginando que as térmicas funcionariam complementando as plantas eólicas e fotovoltaicas quando não houvesse sol e vento. O problema é que, neste papel, o retorno do investimento fica reduzido. A solução para o investidor é fazer as térmicas operarem o tempo todo.

Se a intenção se concretizar, ficará na saudade o hábito de contar para o mundo que temos “a matriz mais limpa do mundo”.

Enquanto isso, no Reino Unido, o órgão de controle da propaganda advertiu a petroleira norueguesa Equinor por ter colocado um cartaz em uma estação de metrô que dava a entender que o gás natural seria uma fonte limpa. Advertida, a Equinor prometeu retirar o cartaz e bolar uma mensagem mais clara. A notícia é do – no caso insuspeito – Financial Times.

 

ClimaInfo, 17 de setembro de 2019.

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