Bolsonaro consulta Heinze para elaboração de discurso da ONU

Heinze

Bolsonaro consultou o senador gaúcho Luis Carlos Heinze para a elaboração do discurso a ser feito na abertura da Assembleia Geral da ONU da próxima semana. Segundo O Sul, Heinze apresentou a Bolsonaro levantamentos da Embrapa que mostram que 84% da área da Amazônia é preservada.

Aqui cabe uma nossa observação: é muito provável que os dados apresentados por Heinze sejam os já muito contestados dados da lavra de Evaristo Miranda e que têm servido a muitos discursos ruralistas.

Segundo o jornal, “a intenção de Bolsonaro é mostrar na ONU que o Brasil investe na preservação, como resposta às críticas que surgiram depois do episódio das queimadas na Amazônia.”

O porta-voz do governo, Rêgo Barros, disse que, além das questões ambientais, o discurso pode abordar também críticas ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, bem como a defesa da soberania do Brasil sobre a Amazônia, em resposta a Macron.

Em uma de suas aparições nas redes sociais, Bolsonaro disse ontem que não pretende “brigar com ninguém” na ONU: “Vou apanhar da mídia de qualquer maneira, mas eu vou falar como anda o Brasil nessa questão [ambiental]”.

Bolsonaro afirmou ainda que alguns países europeus querem que ele demarque mais Reservas Indígenas e Terras Quilombolas, uma política sobre a qual o presidente já declarou diversas vezes ser contrário.

“Alguns países, com dinheiro para o Fundo Amazônia, estavam comprando a nossa Amazônia”, concluiu o mandatário, sem apresentar provas que embasem essa afirmação.

 

ClimaInfo, 20 de setembro de 2019.

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