A vontade do governo de construir rapidamente a linha de transmissão Manaus-Boa Vista tomou dois golpes sérios nesta última semana.
O primeiro foi desferido pela Funai por meio de um parecer bastante negativo sobre o projeto, o que complica o licenciamento da obra. André Borges, do Estadão, escreve que “dos 23 programas de redução de impactos propostos no Plano Básico Ambiental, 4 foram considerados inaptos para apresentação aos Povos Indígenas; os demais 21 precisam de ajustes e têm falhas na elaboração”. O parecer definitivo só sai depois do projeto ser submetido às 56 aldeias da Terra Indígena Waimiri Atroari, em Roraima.
O segundo veio da empresa que ganhou a licitação para construir o linhão, a TNE. Segundo o Valor, a empresa enviou um pedido à Justiça para que o contrato seja rescindido. Alega que os preços constantes do contrato são insuficientes para remunerar o investimento, mesmo depois da Aneel ter dado um aumento no começo do mês, o que traz o risco de o processo ter que recomeçar do zero mais uma vez.
ClimaInfo, 25 de setembro de 2019.
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