Na última 6ª feira aconteceu mais um leilão de energia elétrica para usinas que começarão a operar em 2025. A boa nova é que os preços da energia vendida pelas eólicas e solares continuam bem mais baixos do que os das demais fontes: uma média de R$ 98,50/MWh para as eólicas e R$ 84/MWh para as fotovoltaicas, contra quase R$ 190/MWh para as térmicas a gás. Outra boa nova: as termelétricas a carvão ofertadas não foram comercializadas.
Menos bom foi que, do total de projetos ofertados, somente ⅓ da energia das eólicas e solares foi contratado. O restante terá que buscar contratos no mercado livre para se viabilizarem. Já do lado fóssil, quase toda a energia ofertada foi comprada, sinalizando que o mercado aceita pagar um preço mais elevado pela fonte tradicional.
Os resultados oficiais do leilão são encontrados no site do CCEE. As notícias do leilão saíram no Canal Energia e no UOL.
Térmicas a carvão: em entrevista dada depois do leilão, o secretário de planejamento e desenvolvimento energético do ministério de minas e energia, Reive Barros, declarou que está difícil conseguir financiamento para térmicas a carvão nos mercados nacionais e internacionais, e que, portanto, o ministério está trabalhando com o BNDES para reabrir uma linha de crédito para a fonte que mais impacta o aquecimento global. Segundo a epbr, a última termelétrica a carvão a ter energia contratada em um leilão no Brasil foi a UTE Pampa Sul, instalada pela francesa Engie em Candiota, no Rio Grande do Sul. A usina, que demandou investimento de mais de R$ 2 bilhões, entrou em operação em junho deste ano. Mas, desde antes da entrada em operação, a Engie havia decidido vender a usina, como parte do objetivo global da companhia de reduzir emissões e vender ativos a carvão. Com o mesmo foco, a Engie também pôs a venda o complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, Santa Catarina.
ClimaInfo, 21 de outubro de 2019.
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