Até o último sábado, a Abiove (Associação Brasileira Indústrias Óleos Vegetais) era uma defensora da Moratória da Soja, um pacto ambiental feito entre entidades representativas dos produtores de soja, ONGs e, mais tarde, o governo, prevendo medidas contra o desmatamento da Amazônia.
Mas, depois do protesto realizado em Dom Eliseu (PA) no domingo, a entidade parece ter revisto sua opinião. Segundo o Poder360, o presidente da Abiove, André Nassar, disse que uma saída é segmentar: algumas empresas manteriam restrições à compra de soja produzida na Amazônia, outras não. “Podemos adaptar a cadeia produtiva a isso”, afirmou. A “adaptação” tem nome: sobrepreço. “Os compradores teriam de pagar um valor superior para a soja que for submetida a exigências especiais. Hoje, o valor é igual ao da soja comum.”
No Pará, o Ministério Público Federal acompanha a Moratória e aponta uma coincidência de 80% entre os produtores acusados de desmatamento ilegal e os que são bloqueados pela Moratória.
ClimaInfo, 12 de novembro de 2019.
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