Declaração da reunião dos BRICS

17 de novembro de 2019

O grupo BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – se reuniu na semana passada em Brasília. A cúpula serviu para Bolsonaro pedir desculpas – não em público – à Xi Jinping por frases grosseiras ditas durante a campanha do ano passado. Serviu, também, para um assessor de Putin postar uma foto da reunião do ano passado, na qual Temer estava presente.

No documento final, duas referências à crise climática, pedindo mais dinheiro e oferecendo pouca ambição de combate à crise climática em troca.

A primeira reitera o surrado “princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respectivas capacidades” e insta os países ricos a ampliar a ajuda financeira e a aumentar a contribuição ao Fundo Verde para o Clima (GCF). Sem mencionar explicitamente as travas que o Brasil tem colocado no caminho da aprovação de novos marcos para os mercados de emissões, o Artigo 6 do Acordo de Paris, o grupo se comprometeu com a “obtenção de um resultado abrangente e equilibrado sobre todos os itens restantes do Programa de Trabalho do Acordo de Paris.”

A segunda fala especificamente da compensação das emissões da aviação por projetos em mercados emergentes que reduzam emissões ou sequestrem carbono da atmosfera.

Em tempo: para se ter uma ideia da importância dos sócios para o país, segundo a Folha, o grupo compra 35% das exportações do agronegócio brasileiro e fornece 33% dos insumos do setor.

 

ClimaInfo, 18 de novembro de 2019.

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