Desmatamento é recorde sob governo Bolsonaro

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O INPE divulgará hoje os dados oficiais do desmatamento para o período que vai de agosto de 2018 a julho de 2019, informa o Estadão. Os dados do PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) são os primeiros a incluir meses sob a gestão Bolsonaro.

Uma amostra do que será o anúncio acaba de ser publicada no periódico internacional Global Change Biology. O trabalho avaliou o mesmo período do PRODES e chegou à maior taxa anual de desmatamento registrada desde 2008: mais de 10 mil quilômetros quadrados de floresta derrubados – oito vezes o tamanho do município do Rio de Janeiro. O cálculo foi baseado no fato de que o PRODES é, em média, 1,54 maior que as taxas de desmatamento medidas em tempo quase real a partir do sistema DETER-B, também do INPE, que tem resolução menor porque visa dar alertas para orientar ações do IBAMA e, com isso, não pega as derrubadas em áreas menores.

De acordo com O Globo, fontes que trabalham com análise de desmatamento afirmam que a metodologia do novo estudo oferece um retrato razoável do que acontece na Amazônia.

Gilberto Câmara, ex-diretor do INPE, calcula que o PRODES deve apontar uma perda de entre 9 mil e 11 mil quilômetros quadrados de mata nativa.

Claudio Ângelo, do Observatório do Clima, lembra que “aumentos dessa magnitude só foram observados neste século em duas outras ocasiões: em 2004, quando a taxa de desmatamento chegou a seu segundo maior valor na história, e em 2008, quando o governo baixou medidas duras para restringir o crédito rural a municípios que mais desmataram.”

 

ClimaInfo, 18 de novembro de 2019.

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