A indústria da Europa se vê competindo desfavoravelmente com as importações pois é obrigada a reduzir suas emissões encarecendo seus produtos. Assim, a União Europeia vem estudando aplicar uma tarifa de carbono sobre os importados. O novo parlamento europeu anunciou sua intenção de ver isso o mais rápido possível. O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, justificou dizendo que “se não [fizer isso], claro, em determinado momento teremos que proteger a nossa indústria, que assumiu estes compromissos. Não queremos colocar a nossa indústria em uma posição mais fraca que as outras.” A notícia saiu no Valor.
Enquanto ideia, o diabo mora na complexidade dos detalhes. A produção do aço e do alumínio chineses, por exemplo, emite muito mais carbono do que os produzidos aqui. A tarifa seria a mesma? Ou haverá um sistema que acompanha as emissões associadas a uma quantidade brutal de produtos. O professor He Jiankun, da universidade Tsinghua, que está acompanhando os negociadores chineses na COP, conversou com Daniela Chiaretti, do Valor. Ele classificou um ato destes de “unilateral [e que] deixa muitas questões em aberto” e acrescentou: “Creio que uma medida unilateral pode ter impacto na atmosfera franca do Acordo de Paris.”
ClimaInfo, 11 de dezembro de 2019.
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