Aumenta a pressão pela energia nuclear na Alemanha e no Japão

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Alemanha: O país errou ao abandonar a energia nuclear, disse um porta-voz do partido de Angela Merkel. As últimas usinas nucleares devem ser fechadas até o final de 2022, deixando o país em dificuldade para preencher a lacuna na geração de eletricidade e cumprir, ao mesmo tempo, suas metas climáticas enquanto se prepara para abolir sua indústria de carvão.

Líderes empresariais e políticos conservadores começaram a exigir uma suspensão da execução em meio ao aumento dos custos da energia e a uma iminente falta de capacidade de geração.

A Alemanha terá de substituir mais de 40% de suas fontes de eletricidade nas próximas duas décadas. As usinas a carvão ainda respondem por mais de ⅓ da geração no país, sendo que as sete usinas nucleares restantes fornecem cerca de 1/10 .

Japão: o Japão enfrenta dificuldades para aprofundar seu plano de redução de emissões, ou até mesmo para cumprir os compromissos já assumidos. A NDC do país promete reduzir as emissões em 26% em relação aos níveis de 2013 até 2030 e, aparentemente, o Japão pretender manter essa meta quando apresentar seus novos compromissos ao Acordo em Paris. O governo aparentemente não consegue atualizar sua NDC porque o reinício da operação das usinas nucleares – que são consideradas fundamentais para a redução das emissões do país – continua lento.

Para o mix energético de 2030, o governo estabeleceu uma meta de 20 a 22% de energia nuclear, mesmo tendo como compromisso a minimização da dependência do país da energia nuclear após o desastre de Fukushima de 2011. Mas, em 2017, a participação da energia nuclear no fornecimento de energia foi de apenas 3%, quando antes da tragédia de 2011 era de 30%.

 

ClimaInfo, 20 de dezembro de 2019.

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