Imposto sobre carbono: Europa manda recado para a China, mas EUA reagem

Ursula von der Leyen imposto

Na semana passada, em Davos, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aproveitou para avisar que criará um imposto sobre as emissões associadas aos produtos importados. A Europa tem um mercado interno de emissões que torna seus produtos menos competitivos frente aos importados. “Não faz sentido reduzir apenas as emissões de gases de efeito estufa em casa, se aumentarmos a importação de CO2 do exterior”, disse von der Leyen. “Não é apenas uma questão climática; é também uma questão de justiça para com as nossas empresas e os nossos trabalhadores. Vamos protegê-los da concorrência desleal”. Assim, os europeus pretendem taxar as importações proporcionalmente às emissões do seu ciclo de produção. Os produtos de países que implantarem mercados ou impostos de carbono compatíveis com as regras europeias serão isentos ou taxados proporcionalmente. O recado foi direto para a China, país que, além de ser o maior emissor do mundo, tem um comércio intenso com a Europa. A notícia saiu na semana passada no Financial Times, no Valor e na edição europeia do Politico.

Neste final semana, o Financial Times reportou que os EUA vestiram a carapuça. O Secretário do Comércio, Wilbur Ross, soltou a ameaça: “Dependendo da forma que a taxa de carbono assumir, reagiremos a ela – se ela for protecionista na sua essência, vamos reagir”.

 

ClimaInfo, 27 de janeiro de 2020.

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