A desfaçatez demonstrada pelo ministro Ricardo Salles ao compartilhar um vídeo antigo e descontextualizado do médico Dráuzio Varella foi demais até para o Twitter – uma plataforma que não é exatamente reconhecida por evitar a proliferação de fake news e desinformação.
Ontem, o Twitter tirou do ar os posts de Salles e do senador Flávio Bolsonaro que remetiam a esse vídeo (publicado originalmente em janeiro, antes da escalada da crise epidemiológica no Brasil) e considerou que esse conteúdo violava as regras de uso da rede ao potencialmente colocar as pessoas em maior risco frente ao vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Folha e Estadão repercutiram esse mico do mentinistro.
É triste que um ministro de Estado se aproveite de seu palanque digital para espalhar mentiras e desinformação por razões políticas ou ideológicas. Infelizmente, no caso de Ricardo Salles, isso não é nenhuma surpresa. No ano passado, ele causou grande repercussão ao insinuar no Twitter, sem qualquer prova, que o Greenpeace teria algum envolvimento no vazamento de petróleo que contaminou o litoral no Nordeste.
ClimaInfo, 24 de março de 2020.
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