Quase 8.000 casos e 300 mortes e subindo, o balanço do vírus no Brasil

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Os números oficiais de ontem indicam que a epidemia se espalha rapidamente pelo território. Há um mês, havia 2 casos na cidade de São Paulo. Os quase 8.000 anunciados ontem estão em 409 cidades e em todos os estados. Ontem pela manhã, todos os grandes jornais destacaram que o número de infectados e até o número de óbitos estão subestimados, sendo que ninguém se arrisca a estimar os números reais.

Assim, o isolamento social tem que ser amplo e irrestrito porque não é possível isolar apenas os infectados, como fizeram a Coreia do Sul e Singapura.

Ontem, o vice-presidente-general voltou a defender o isolamento pouco depois de Bolsonaro voltar a dizer que o vírus “não é tudo isso que estão pintando” e, também, dizer que os governadores devem estar com “com medinho de pegar vírus”. Aliás, Bolsonaro mandou os servidores dos três ministérios que operam no Palácio do Planalto voltar a trabalhar no prédio. Só os acima de 60 anos podem continuar trabalhando de casa.

Ainda sobre Mourão: o general falou sobre a retomada da economia pós-crise. “Vou usar até uma expressão que era do tempo do presidente Geisel, quando se referia à abertura política: esse processo terá que ser lento, gradual e seguro, de modo que, pouco a pouco, as atividades vão retornando.” No final da conversa, Mourão comentou que só se fala no vírus em todo lugar. “Julgo que isso é uma superexploração e que muitas vezes leva a uma imagem distorcida, principalmente por determinado segmentos da população que não conseguem compreender a realidade”, sem, é claro, explicar a quais segmentos ele se referia.

 

ClimaInfo, 3 de abril de 2020.

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