Pandemia derruba os preços de commodities agropecuárias

7 de abril de 2020

As quarentenas mantiveram carros e pessoas fora das ruas e fizeram despencar a demanda por gasolina em todo o mundo. Esta queda, tanto aqui quanto nos EUA, puxou para baixo a demanda por etanol. Se no Brasil os produtores começaram a produzir mais açúcar que álcool, nos EUA, maior produtor mundial de etanol, não há o que fazer com o milho senão parar a produção. Analistas vêem a possibilidade da produção de etanol cair em mais de 30%.

Outro setor que viu a demanda cair foi o da carne. Novamente, aqui e nos EUA. Lá, no começo da epidemia, houve uma corrida aos supermercados e as famílias se abasteceram de tudo que puderam. Em seguida, com restaurantes fechados, a demanda e os preços de todos os tipos de carne caíram rapidamente. Como boa parte da produção de soja vira ração animal, certamente a crise se estenderá para esta commodity também.

Arlan Suderman, da consultoria INTL FCStone, comentou à UPI: “Quando o medo do coronavírus bateu, os especuladores liquidaram todas as commodities que estavam em risco (…) Foi inicialmente apenas o colapso de todo o mercado.”

Se, por aqui, estes setores já foram atingidos, no restante do mundo agro, a demanda, por enquanto não caiu. Mesmo assim, comenta Miriam Leitão n’O Globo, a expectativa é de uma queda no investimento no campo este ano, embora esta possa ser encarada com um mero adiamento.

 

ClimaInfo, 7 de abril de 2020.

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