Nas próximas semanas, a Argentina e o FMI devem discutir a situação econômica do país e da sua dívida para com o Fundo. Há dois anos, o FMI emprestou US$ 44 bilhões avaliando que a exploração de petróleo dos campos de folhelho de Vaca Muerta serviriam como uma espécie de garantia de que o país teria, em breve, receitas para sair da crise. Receitas futuras estas que caíram com a queda do preço do barril nas últimas semanas.
Vaca Muerta é a segunda maior reserva de folhelho do mundo, atrás apenas da bacia Permiana norte-americana. Mas sua localização, nas proximidade dos Andes patagônicos, apresenta uma série de obstáculos técnicos e logísticos que a fazem, hoje, ser vista como um dos campos economicamente mais vulneráveis do mundo.
Para Jonathan Watts, do The Guardian, as reuniões com o FMI mostrarão ao mundo como o órgão multilateral vê o futuro dos combustíveis fósseis – se continuam sendo ativos importantes a ponto de servirem de garantia, ou se o órgão colocará em prática o que disse sua diretora executiva, Kristalina Georgieva, sobre o que comentamos na nota anterior.
ClimaInfo, 30 de abril de 2020.
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