Profissionais da saúde pedem uma recuperação verde pós-pandemia aos países do G20

G20

Mais de 40 milhões de médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde de 90 países encaminharam na segunda (25/5) uma carta aos líderes do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, pedindo que aqueles governos coloquem a Saúde Pública no centro dos pacotes de recuperação econômica com o objetivo de tornar as sociedades mais resilientes em crises futuras.

Na carta, a comunidade médica e de saúde pede que a área seja incluída pelas autoridades no desenvolvimento dos pacotes de estímulo econômico para garantir que a retomada das atividades se dê em consonância com o enfrentamento atual da pandemia e que estabeleça as bases para uma recuperação adequada para a saúde humana e o meio ambiente.

“Testemunhamos em primeira mão como as comunidades são frágeis quando sua saúda, segurança alimentar e liberdade de trabalho são interrompidas por uma ameaça comum”, diz a carta. “As camadas dessa tragédia em andamento são muitas e ampliadas pela desigualdade e pelo subinvestimento nos sistemas de Saúde Pública. Testemunhamos morte, doença e sofrimento mental em níveis não vistos há décadas”.

O combate à poluição atmosférica, no contexto da crise climática e da necessidade de reduzir a queima de combustíveis fósseis, é citado como uma preocupação central. Por isso, os signatários da carta defendem o fim dos subsídios que apoiam atualmente o setor de petróleo e gás e o investimento dos governos em energias renováveis.

Do Brasil, assinam a carta a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), o Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (SINESP), a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil).

 

ClimaInfo, 27 de maio de 2020.

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