Caminhos para uma recuperação verde na América Latina

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A crise econômica global causada pela pandemia trouxe uma oportunidade para que diversos países discutissem como aproveitar medidas de estímulo e incentivo econômico para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono alinhada com os objetivos de longo prazo do Acordo de Paris. No entanto, por conta de suas idiossincrasias políticas e econômicas, a América Latina tem passado ao largo desse debate, com os governos da região pouco interessados em tentar esse movimento de recuperação verde em suas economias.

No El País, Rodrigo Echecopar e Mariana Belmont trazem reflexões interessantes para incitar a discussão na região. Os autores fazem uma constatação presente em praticamente todos os países latino-americanos: o Estado não pode se eximir de atuar como promotor do desenvolvimento econômico. A questão é como podem fazer isso. Se optarem por investimentos públicos como os feitos no passado, os governos desperdiçarão tempo e dinheiro.

A preocupação pura e simples com a desigualdade social também não ajuda, já que essas ações podem perpetuar a insustentabilidade ambiental. Assim, o caminho apontado pelos autores é uma recuperação econômica que passe por uma transformação socioecológica, que mude as bases nas quais as economias da região funcionam, com foco na cooperação, na atenção aos setores mais vulneráveis da sociedade e na atenção à ciência.

 

ClimaInfo, 16 de junho de 2020.

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