No esforço para reaquecer a economia após a pandemia, a China está recorrendo a um remédio antigo que foi economicamente eficiente no passado, mas amargo para o clima global: o carvão.
Já falamos aqui que Pequim flexibilizou as regras para licenciamento de novas usinas de carvão em março, o que levou a um aumento acentuado no número de autorizações de operação para fontes térmicas de geração elétrica. Essa preocupação em “não sufocar” o setor elétrico também está presente nas conversas sobre o plano de desenvolvimento econômico da China de 2021 a 2025.
Diferentemente do que aconteceu em 2015, quando os chineses definiram critérios rígidos para cortar a sobrecapacidade, com o fechamento de minas de carvão, agora não existe movimento nesse sentido por parte das autoridades chinesas.
Como destaca a Bloomberg, a resposta evidencia a dependência que a economia chinesa ainda tem do carvão. Uma flexibilização das regras de operação pode ajudar pequenas minas a expandir sua capacidade de produção e atender à demanda de geração estimada para retomar as atividades econômicas do país nos curto e médio prazos. Ao mesmo tempo, os chineses também estão se preocupando em diminuir a importação desse material, o que beneficia as minas em operação hoje no país.
ClimaInfo, 19 de junho de 2020.
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