Nos últimos dias, a China vem observando suas piores inundações em décadas, que provocaram a declaração de alerta vermelho pelas províncias de Anhui, Jiangxi e Zheijang. A cidade de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia de COVID-19, também foi bastante atingida pelas enchentes.
A Reuters informou que o reservatório da usina de Três Gargantas, no rio Yangtzé, está com 10 metros de água acima de seu nível de alerta, com fluxo de entrada de mais de 50 mil m3/segundo. As autoridades chinesas calculam que mais de 20 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações, com a destruição de cerca de 90 mil residências e danos estimados preliminarmente em US$ 7 bilhões. Para piorar, as cadeias produtivas que atualmente trabalham na produção de equipamentos de proteção individual (EPI) para a COVID-19 foram afetadas pelas enchentes, o que pode atrasar encomendas internacionais desses produtos em meio à pandemia.
Como destacou a The Economist, as condições meteorológicas que causaram as chuvas recentes no país foram incomuns, o que pode indicar um impacto da mudança do clima. Com a intensificação de eventos desta natureza, os chineses serão desafiados a repensar sua infraestrutura, especialmente no entorno da bacia do Yangtzé.
ClimaInfo, 20 de julho de 2020.
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