Novo sistema de monitoramento reforça papel do INPE no combate ao desmatamento na Amazônia

deter intenso

O novo sistema de monitoramento do desmatamento da Amazônia via satélite desenvolvido pelo INPE, sob o nome “DETER Intenso”, ressalta a importância do órgão como centro nacional de pesquisa para combate ao desmatamento, permitindo ao Brasil a “manutenção da independência tecnológica do Brasil”. Essa é a opinião de um grupo de renomados cientistas brasileiros, expressa em artigo publicado ontem (23/7) no Estadão.

“É seguro afirmar que não faltam dados de monitoramento para o combate ao desmatamento. Hoje, o Brasil possui um conjunto de informações muito mais rico e preciso do que em 2012 – quando a taxa de desmatamento foi reduzida ao menor valor da história e a área desmatada na Amazônia foi a metade da medida em 2019”, diz o artigo, assinado por gente como Carlos Nobre (IEA-USP), Eduardo Assad (EMBRAPA), Mercedes Bustamante (UnB), Paulo Artaxo (USP) e Thelma Krug (INPE). “O grande desafio está no uso desses dados para subsidiar o planejamento e a realização de ações efetivas, dada a dimensão da região”.

Em tempo: Vale a pena ler a entrevista feita por Giovana Girardi, do Estadão, com o historiador e professor da UFRJ, José Augusto Paiva. Especialista em história ambiental, Paiva enxerga a tendência recente de desmatamento da Amazônia como o maior retrocesso em meio século. Pádua também reforça que, ainda que alguns enxerguem a Floresta Amazônica do mesmo jeito que nossos antepassados enxergavam (e destruíram) a Mata Atlântica durante a colonização portuguesa, a lógica por trás da atual exploração no Norte é diferente.

 

ClimaInfo, 24 de julho de 2020.

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