Casos de febre amarela podem crescer até 25% na África por causa da mudança do clima

4 de agosto de 2020

A ocorrência de febre amarela, uma das doenças que mais afligem o continente africano, pode se tornar ainda mais frequente nas próximas décadas por conta da mudança do clima. Um estudo conduzido pelo Imperial College de Londres com a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê um aumento de 25% no número de mortes causadas por essa doença até 2050, especialmente em países da África Oriental, como Etiópia e Somália, que deverão sofrer com um aumento de temperatura média e a intensificação das chuvas.

A febre amarela causa cerca de 78 mil mortes por ano na África, que concentra quase 90% dos óbitos globais da doença. Apesar da vacina, a febre amarela é endêmica em 34 países da África subsaariana, com surtos graves ocorrendo nos últimos anos. No entanto, o estudo mostra que mesmo o cenário de aquecimento global mais otimista, com as emissões globais atingindo um pico em 2030 e diminuindo a partir de então, ainda possibilitaria um aumento de 11% no número de mortes pela doença na África.

“Poderemos ver a febre amarela se expandindo para novas áreas e piorando em regiões onde já está causando grandes surtos”, apontou a pesquisadora Katy Gaythorpe, principal autora do estudo. “Para evitar que isso resulte em mais mortos, será necessário manter um programa de vigilância e controle e vacinação adequado na região”.

 

ClimaInfo, 4 de agosto de 2020.

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