HSBC soa o alarme sobre investimentos na JBS devido à inação da empresa contra desmatamento

HSBC JBS

O banco HSBC alertou a JBS sobre os riscos potenciais que a empresa pode sofrer por conta de suas vulnerabilidades em temas relacionados ao desmatamento da Amazônia em sua cadeia de produção.

De acordo com relatório financeiro da empresa, obtido pelo Bureau of Investigative Journalism (TBIJ) e destacado pelo Guardian, analistas do HSBC disseram que a gigante da carne “não tem visão, plano de ação, cronograma, tecnologia ou solução” para monitorar se o gado que compra tem origem de propriedades envolvidas com desmatamento.

Eles também apontaram a falta de liderança da JBS nesse tema, ao permitir que uma concorrente – a Marfrig – assumisse o protagonismo na agenda de combate ao desmatamento entre os frigoríficos. “Nunca vimos uma empresa de grande porte, líder do setor, deixar um assunto tão sério para uma participante de menor porte”, diz o relatório. “É o enorme  nível de risco relacionado à JBS que nos preocupa, pois trata-se aqui da seriedade dos propósitos das questões ESG em uma empresa que, ao nosso ver, ainda precisa provar eficiência”.

Em tempo: Grupos Indígenas equatorianos estão pressionando instituições financeiras europeias que seguem financiando a exploração de petróleo na Amazônia, mesmo tendo assumido compromissos de alinhamento de seus negócios com as metas do Acordo de Paris. De acordo com a Stand.earth e Amazon Watch, bancos como ING, Credit Suisse, Natixis, BNP Paribas, UBS e Rabobank injetaram cerca de US$ 10 bilhões em operações de extração de petróleo no Equador ao longo da última década. A Reuters destacou as acusações e o impacto que essa atividade traz ao meio ambiente e às Comunidades Tradicionais no Equador.

 

ClimaInfo, 13 de agosto de 2020.

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