O petroleiro encalhado desde julho em um recife nas Ilhas Maurício, no litoral leste da África, se partiu em dois, de acordo com a empresa responsável pela embarcação, a japonesa Mitsui OSK Lines.
O navio carregava mais de 4 mil toneladas de óleo combustível e 200 toneladas de diesel. Estima-se que pelo menos mil toneladas de óleo tenham vazado para a costa da ilha, no Oceano Índico.
As autoridades locais seguem atuando para conter a contaminação. De acordo com o governo, a maior parte do óleo que restava na embarcação foi bombeada, mas ainda sobraram 166 toneladas. Teme-se que uma instabilidade meteorológica prevista para os próximos dias possa causar ainda mais danos, já que as ondas podem chegar a mais de 4 metros.
Estadão e O Globo destacaram a situação nas Ilhas Maurício. O The Guardian também repercutiu a notícia, e publicou um artigo do ativista mauriciano Alex Lenferna, da 350Africa.org, que ressalta os impactos ambientais e sociais do vazamento, bem como os riscos que o pequeno país insular sofre com o aumento do nível do mar. “Para quem nasceu apaixonado pelo oceano, tendo-o como fonte de sustento e de vida, vê-lo agora como uma ameaça existencial representa uma perda realmente profunda. Culturas e comunidades construídas a partir de suas relações com o oceano estão sendo desorganizadas e deslocadas”, escreve.
ClimaInfo, 17 de agosto de 2020.
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