Segue o drama causado pelo vazamento de óleo nas Ilhas Maurício, na costa leste da África. De acordo com autoridades locais, pelo menos 40 golfinhos morreram nas últimas semanas em decorrência da contaminação da água.
A Reuters destacou o relato do ambientalista Reuben Pillay, que tentou resgatar uma mãe golfinho e seu filhote, sem sucesso. “Não sabíamos o que fazer. Foi de cortar o coração”. No sábado (29/8), milhares de pessoas foram às ruas da capital do país, Port Louis, pedindo uma investigação sobre o derramamento de óleo pelo navio graneleiro japonês Wakashio. Os manifestantes criticaram a demora do governo das Ilhas Maurício em reagir à crise. “Não confiamos no governo e nas informações diluídas que eles nos têm fornecido com relação à resposta oficial ao derramamento de óleo”, criticou a ativista Fabiola Monty ao The Guardian.
Já o Climate Home trouxe a opinião de alguns especialistas em direito marítimo que apontaram para o risco de que o pagamento de compensações ambientais relativas ao vazamento seja limitado por um detalhe técnico. Segundo eles, como o óleo vazado veio de um navio projetado para transportar cargas sólidas, o governo das Ilhas Maurício poderia receber menos de 2% da compensação máxima possível caso a embarcação fosse um petroleiro. Assim, ao invés de receber US$ 1 bilhão, o país teria direito a uma indenização máxima de apenas US$ 18 milhões.
ClimaInfo, 31 de agosto de 2020.
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