Cinco anos depois da revelação do envolvimento da Volkswagen com um esquema de fraude de testes de emissões de seus veículos, a justiça alemã confirmou que o ex-presidente-executivo da montadora, Martin Winterkorn, será julgado por fraude comercial e crime organizado. Ainda não há uma data para o julgamento.
Investigações revelaram que cerca de 11 milhões de veículos a diesel produzidos pela empresa em todo o mundo foram equipados com dispositivos de detecção do momento dos testes que os faziam parecer mais limpos durante as inspeções ambientais. Desde que o Dieselgate eclodiu, a Volkswagen pagou mais de 30 bilhões de euros em multas, custas judiciais e indenizações aos proprietários, a maior parte nos EUA.
No Brasil, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais entraram recentemente com uma ação civil pública contra a montadora alemã, cobrando o recall de veículos do modelo Amarok e indenização de, no mínimo, R$ 60 milhões.
Em tempo: Vale a pena ler o artigo recente de Oliver Milman no The Guardian, no qual ele analisa como os modelos SUV, popularizados nos principais mercados automobilísticos nas últimas décadas, causam um impacto negativo em termos de emissões de carbono muito maior do que veículos menores. O texto cita um dado da IEA de 2019 que apontou que as SUVs foram a 2ª maior causa do aumento global de emissões de carbono na última década, deixando para trás setores inteiros da economia, como a aviação, o transporte marítimo e até os caminhões.
ClimaInfo, 11 de setembro 2020.
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