A luta dos voluntários contra os incêndios no Pantanal

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“Cemitério de cinzas”. É assim que Leandro Prazeres sumariza na Época a situação do Pantanal depois de meses de queimadas, que consumiram mais de 15% de seu território e incineraram parte expressiva de sua fauna e flora. A reportagem ressaltou também a investigação da Polícia Federal, que suspeita que fazendeiros no Mato Grosso teriam sido responsáveis por alguns focos de incêndio em áreas isoladas do bioma, e a reação tardia e atabalhoada do governo federal para enfrentar o fogo.

Já o Estadão mostrou o trabalho de diversas organizações sociais e cidadãos que, comovidos pela destruição causada pelas queimadas no Pantanal, se mobilizaram nas últimas semanas para auxiliar no combate às chamas e no resgate de animais feridos. N’O Globo, Johanns Eller trouxe o relato de fotógrafos e documentaristas que foram até o Pantanal para registrar a linha de frente do combate às queimadas.

Em tempo: A BBC Brasil deu destaque aos questionamentos de especialistas à tese do “boi bombeiro”, que vem sendo esgrimida por Salles e outros membros do governo como um motivo para a intensificação das queimadas no Pantanal. Segundo o ministro, a retirada do gado de regiões vastas do Pantanal para criação de áreas de conservação acabou permitindo que um volume grande de matéria orgânica se concentrasse sobre a terra, que depois serviu como combustível quando o fogo chegou. No entanto, diferentemente do que Salles argumenta, a criação de gado na região cresceu nos últimos anos, o que contesta diretamente essa tese. Além disso, as áreas pantaneiras sob conservação legal representam apenas 5% do bioma.

 

ClimaInfo, 21 de setembro 2020.

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