Coalizão apresenta recomendações para rastreamento de gado no Brasil

Coalizão gado no Brasil

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura publicou ontem (23/9) um conjunto de recomendações e diretrizes voltadas para fortalecer o controle da qualidade ambiental da carne bovina produzida no Brasil, através do rastreamento da origem do gado. Com essas informações, compradores terão melhor condição para restringir a aquisição de carne decorrente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia e no Cerrado – uma das providências mais destacadas por investidores e empresas estrangeiras em suas manifestações sobre a situação ambiental no Brasil.

O Valor detalhou algumas das recomendações feitas pela Coalizão. Uma delas é a criação de bases de dados estaduais que cruzem as informações das Guias de Trânsito Animal (GTA), do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e das licenças ambientais. Essas bases serviriam não apenas para os frigoríficos, mas também para os fornecedores diretos rastrearem a compra de bezerros. Outra ideia é a adoção de acordos com fornecedores “premium“, que se comprometeriam em um prazo máximo de cinco anos a implementar a rastreabilidade individual dos animais, além do pagamento de recompensas aos produtores que conseguirem comprovar que sua carne não é decorrente de atividade ilegal. O sumário executivo dessas propostas está disponível aqui.

Em tempo: Um grupo de organizações ambientalistas apresentou ao grupo francês Casino, controlador das redes do Pão de Açúcar e Extra, uma carta com cobranças pelo fato de seus estabelecimentos comerciais continuarem vendendo produtos provenientes de áreas que sofreram desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado brasileiros. O texto ressalta as conclusões de um estudo feito pela ONG Envol Vert, publicado em julho, que destacou o envolvimento da gigante do varejo com atividades ambientais ilegais no Brasil. Na carta, as organizações exigem que o Casino estabeleça a rastreabilidade em toda a sua cadeia de abastecimento, bem como a implementação de um sistema de alerta em casos de violação dos Direitos dos Povos Indígenas amazônicos. RFI repercutiu essa notícia.

 

ClimaInfo, 24 de setembro 2020.

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