Com o crescimento e o adensamento das cidades, uma preocupação crescente de governos e especialistas é a pressão que essas áreas exercerão sobre a infraestrutura urbana, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de água potável. Nesse sentido, diversas iniciativas estão avançando no desenvolvimento de soluções baseadas na natureza (SbN) como caminho para resolver questões relacionadas à segurança hídrica e à resiliência climática. Por exemplo, a implantação de áreas verdes em pontos estratégicos das cidades pode criar um sistema natural para absorção da água da chuva, filtragem dos sedimentos do solo e redução de custos com saneamento e saúde pública.
O Neomondo mostrou esse e outros projetos de SbN que começam a ganhar espaço nas cidades e destacou dados de um estudo do WRI Brasil que avaliou o benefício que o aumento da cobertura florestal ao redor do reservatório da Cantareira (SP) poderia trazer em termos de custos evitados com uso de substâncias químicas para tratamento da água.
Em tempo: O uso de cimento por parte da construção civil é um vetor importante para as emissões industriais de gases de efeito estufa (GEE) – e com o crescimento das cidades mundo afora, a demanda por esse produto é cada vez maior. No entanto, pesquisa conduzida por pesquisadores finlandeses sugere que boa parte dessas emissões poderiam ser evitadas com o uso maior de madeira na construção de casas e edifícios. De acordo com o estudo, publicado na Environmental Research Letters, se 80% dos novos edifícios em construção na Europa tivessem maior uso de madeira em estruturas, revestimentos e superfícies, essas edificações poderiam armazenar 55 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o equivalente a 47% das emissões anuais da indústria do cimento neste continente. The Independent também abordou esse estudo.
ClimaInfo, 5 de novembro 2020.
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