Enquanto Trump segue rejeitando o resultado das urnas, Joe Biden já começa a preparar o terreno para o novo governo – e uma das agendas prioritárias nas conversas com chefes de estado e lideranças internacionais tem sido a crise climática. Em contraste total com o negacionista Trump, Biden já anunciou que recolocará os EUA no Acordo de Paris e que clima será uma das bases de sua política externa para os próximos quatro anos.
O tema foi um dos principais pontos nas conversas telefônicas que Biden teve com líderes como Angela Merkel, Emmanuel Macron, Justin Trudeau e Boris Johnson. O premiê britânico convidou Biden para a Conferência da ONU sobre Clima de Glasgow (COP26), que será realizada em novembro de 2021. Falando na COP26, o Guardian especulou que a vitória do democrata nos EUA pode dar um impulso significativo para os preparativos políticos da Conferência, consolidando o movimento internacional pela descarbonização da economia até 2050. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também destacou a expectativa positiva de um recomeço nas relações entre EUA e União Europeia, bastante atribuladas durante os anos Trump, tendo como base a ação climática.
Em tempo: A Bloomberg ouviu ambientalistas e especialistas e sintetizou uma lista de 40 ações que a nova Casa Branca poderá fazer de maneira imediata para reverter o negacionismo de Trump na política climática norte-americana. Já o magnata Michael Bloomberg, ex-presidenciável democrata e aliado de Biden, reforçou a importância do novo governo avançar em ações contra a crise climática mesmo sem o apoio do Senado, controlado pelos Republicanos.
ClimaInfo, 12 de novembro 2020.
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