Ontem (23/11), o presidente-eleito dos EUA, Joe Biden, anunciou o nome do ex-secretário de Estado e ex-senador democrata John Kerry para o posto de enviado especial da Casa Branca para o clima. A nomeação de um político veterano, que teve participação importante no processo de negociação do Acordo de Paris, reforça a preocupação do futuro governo norte-americano com a recuperação do tempo perdido pelo negacionismo de Trump.
“Os EUA em breve terão um governo que trata a crise climática como uma ameaça urgente à segurança nacional. Estou orgulhoso de me unir ao presidente-eleito, nossos aliados e às lideranças jovens do movimento climático no enfrentamento desta crise como enviado climático”, escreveu Kerry no Twitter.
Além de Kerry, Biden também confirmou o diplomata Antony Blinken como futuro secretário de Estado. No governo Obama, Blinken serviu como Nº 2 do Departamento de Estado sob Kerry. A nomeação foi bem vista por aliados e especialistas, já que sinaliza uma mudança sensível com relação à abordagem “caótica” implementada por Trump nas relações exteriores dos EUA nos últimos anos.
Mas nem tudo são flores. O Guardian mostrou que ativistas climáticos estão insatisfeitos com a possibilidade do ex-secretário de energia da gestão Obama, Ernest Moniz, retornar à Casa Branca com Biden. Depois de deixar o governo, onde serviu com destaque, Moniz atuou nos últimos anos como consultor de empresas de energia fóssil, em particular na indústria do gás natural.
Associated Press, Independent, New York Times e Washington Post deram a notícia.
ClimaInfo, 24 de novembro 2020.
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