UE: Impacto climático da aviação é maior do que o imaginado

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Um estudo do órgão regulatório para aviação civil da União Europeia (EASA) mostrou que a pegada climática do setor aéreo pode ser três vezes maior do que sua estimativa atual, o que levanta preocupações sobre o impacto real do transporte aéreo sobre os esforços globais para se conter a crise climática.

De acordo com o documento, os números relatados até agora incluíam apenas o dióxido de carbono; no entanto, levando em conta outras substâncias liberadas pela queima de combustível nas condições de vôo da aviação (como óxido de nitrogênio, fuligem, enxofre oxidado e vapor d’água), o impacto no aquecimento global pode ser três vezes maior.

Para ambientalistas, esses dados reforçam a necessidade de regulação mais forte da aviação civil e redobram a pressão sobre as companhias aéreas para tornar suas operações mais limpas em termos de emissões de gases de efeito estufa. Além de fazer esta estimativa, o relatório também propôs três tipos de medidas político-financeiras para enfrentar a questão: incluir as emissões não-CO2 no sistema de comércio de emissões da UE; impor um “imposto climático” sobre os voos; e obrigar as companhias a usar opções mais limpas de combustível de aviação. Euractiv, EU Observer e POLITICO deram mais detalhes.

Em tempo: A Embraer anunciou na semana passada uma parceria com a EDP Brasil para o desenvolvimento de uma aeronave de propulsão 100% elétrica. De acordo com a Reuters, a empresa de energia se encarregará de encontrar uma solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga de avião a ser testada em um modelo EMB-203 Ipanema. O primeiro voo de teste está previsto para o ano que vem.

 

ClimaInfo, 26 de novembro 2020.

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