CEO da Volvo sugere proibição a motores a combustão como impulso para carros elétricos

3 de dezembro de 2020

Em evento realizado pelo Financial Times, o presidente-executivo da montadora sueca Volvo, Hakan Samuelsson, defendeu que a proibição da venda de carros com motores a combustão seria uma melhor maneira para impulsionar a eletrificação da frota automobilística do que a oferta de subsídios para a compra de modelos elétricos.

“Ninguém pode construir um negócio bem-sucedido e lucrativo contando apenas com incentivos”, disse. “Embora incentivos temporários possam ajudar a encorajar a indústria a se desenvolver da maneira certa, pode ser mais eficiente para os governos definirem uma agenda clara para um futuro elétrico”. Samuelsson afirmou também que a Volvo pretende se tornar uma marca exclusivamente elétrica até 2030, mas ainda não definiu um prazo para descontinuar a produção de modelos a combustão. A venda de modelos elétricos e híbridos representará cerca de 20% do total de veículos vendidos pela montadora em 2020.

Com a eletrificação da frota automobilística, o desafio será impulsionar a geração de energia elétrica por fontes renováveis em todo o mundo. Segundo Elon Musk, proprietário e chefe da montadora Tesla, o consumo de eletricidade global deve dobrar para que os carros elétricos possam substituir os modelos a gasolina e diesel. Citado pela Reuters, Musk especulou que esse salto no desenvolvimento de eletricidade limpa deve acontecer nas próximas duas décadas.

Em tempo: Já a montadora britânica Aston Martin está no meio de uma controvérsia em torno de lobby anticlima. Revelações feitas pela imprensa apontam que a companhia utilizou uma empresa de relações públicas de fachada para encomendar um estudo falso que questionou os benefícios ambientais de carros elétricos. De acordo com o Guardian, a empresa de RP utilizada pela Aston Martin seria de propriedade da esposa de um dos diretores da companhia. O estudo foi encomendado junto com outras companhias de luxo, como Honda e McLaren, depois do governo britânico pedir a proibição da venda de veículos a combustão a partir de 2030. Especialistas independentes refutaram as bases e as conclusões do estudo, que, segundo eles, exagerou a pegada de carbono de veículos elétricos, multiplicando-a por três.

 

ClimaInfo, 3 de dezembro 2020.

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