Os sete erros do plano para a Amazônia de Mourão

Plano Mourão Amazônia

No Congresso em Foco, André Lima fez uma análise interessante e didática sobre o plano rascunhado pelo Conselho da Amazônia, sob o comando de Mourão, para orientar as ações do governo federal para a região nos próximos anos.

Lima destaca sete pontos nos quais o governo Bolsonaro escorrega feio neste quase-plano para a Amazônia: a suposta ameaça e cobiça internacional sobre a floresta; a falta de citação ao INPE nas suas mais de 60 páginas; a omissão quase total do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm); o silêncio sobre a criação de novas áreas de proteção ambiental; a promessa de mais operações estratégicas in loco, na contramão do que está acontecendo agora; a promessa de ampliação de punições por crimes ambientais, ao mesmo tempo em que cai o número de multas aplicadas; o bate-assopra do governo com os grileiros; e os sinais confusos sobre a aplicação e a arrecadação de multas, bem como o uso dos recursos com elas arrecadados. De brinde, Lima também explicou a confusão em torno da proposta do governo de expropriar a terra de quem desmata ilegalmente.

Em tempo: Para fortalecer o combate ao desmatamento, o governo precisa fortalecer os órgãos ambientais e atuar em rede com outros atores. A receita parece simples, mas fica praticamente impossível quando o governo tem ojeriza ao meio ambiente. N’O Globo, Míriam Leitão explicou como o caminho poderia ser trilhado, mas destacou também os motivos pelos quais o Planalto sob Bolsonaro não deve fazê-lo. “O governo Bolsonaro criou uma situação esdrúxula. Mantém um ministro que tem uma agenda de destruição ambiental, e vai repassando as responsabilidades do ministério do meio ambiente para o vice-presidente que, contudo, não tem poder”.

 

ClimaInfo, 3 de dezembro 2020.

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