Com Biden, Europa espera retomada de parceria climática transatlântica

transatlântica

Por quatro anos, os governos europeus sofreram com os desaforos políticos de Donald Trump nos EUA, o que tensionou as relações transatlânticas em diversas agendas estratégicas, como o clima. Assim, é natural que a vitória de Joe Biden e o retorno de um presidente mais “normal” à Casa Branca estejam sendo festejadas de maneira aberta por lideranças europeias, ávidas em retomar o diálogo construtivo.

A Comissão Europeia, por exemplo, sequer esperou pela troca de governo para montar uma “agenda verde transatlântica ampla”, apresentada na última 4ª feira (2/12). O documento ressalta a importância de um compromisso mútuo com a neutralidade do carbono até 2050, conforme anunciado pela UE e especulado por Biden durante a campanha. Nesse sentido, outro ponto abordado pela declaração é a implementação do chamado “mecanismo fronteiriço de ajustamento de carbono”, que pretende impor uma taxação sobre produtos de fora da UE relativa à pegada de carbono associada à sua produção e transporte. Outra proposta é criar uma “aliança tecnológica verde”, para o desenvolvimento de tecnologias de energia limpa que acelerem a descarbonização das matrizes energéticas da Europa e dos EUA – o que pode ser uma boa para os europeus, já que diminuiria a dependência atual de tecnologia da China.

Euractiv, Financial Times e South China Morning Post abordaram essa aproximação transatlântica.

 

ClimaInfo, 4 de dezembro 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)